O trabalho de orientação a pais:

É importante sabermos que quando nasce uma nova criança, nascem também novos pais. Esses pais não nascem com bússola, nem com um manual de instruções sobre como criar seu filho e irão aprender na prática a como serem os melhores pais que puderem ser para aquela criança.

No entanto, em algumas ocasiões, o trabalho de orientação a esses pais é necessário. Noto nos atendimentos que realizo que são muitas as dúvidas e as angústias e é grande o medo de falhar como mãe ou pai.

A orientação a pais se dá obrigatoriamente ao longo do processo de psicoterapia infantil, como já mencionado aqui, mas também pode ocorrer de modo pontual, de acordo com alguma dificuldade específica que os pais tenham na hora de lidar com seus filhos.

Entender como funciona psicologicamente a criança é também entender, de algum modo, como funcionam psicologicamente os pais. Isto não significa afirmar que a criança não possui suas próprias características (cada indivíduo é único), mas sim compreender que a criança responde ao ambiente em que está. Desde recém-nascida, e até mesmo ainda no ambiente intra-uterino (na barriga da mãe), a criança responde a vozes, sons e outros estímulos sensoriais e é equivocado pensar que uma criança pequena não compreende nada do que se passa com ela e com as pessoas que a cercam.

 

A criança sente e responde a estímulos o tempo todo. Então, o que você pode oferecer e o que não é adequado ofertar à criança? Como dar limites a ela? Como exercer suas outras funções na vida, além de ser mãe ou pai? Esses são temas que podem ser abordados na prática de orientação a pais. Não hesite em procurar auxílio se estiver difícil lidar com seu filho. Você, como mãe ou pai, não é obrigada a saber fazer tudo!